A Estrela Rutilante - Manuel de Castro

1ª Edição. RARO. 3ª obra do autor, se se considerar a obra "A Zona" (1958), que nunca foi comercializada e apenas oferecida a alguns amigos. Esta obra consiste em 5 poemas, a saber: 1.) "Poemas de Combate," 2.) "A Terceira Viagem," 3.) "4 Poemas Para a Destruição de um Mito," 4.) "Regresso ao Oriente" e 5.) "O Rosto de Ísis." Manuel de Castro foi um Poeta Surrealista e Tradutor Português, que viveu os primeiros anos da infância em Goa e Lourenço Marques e aos 8 anos o seu pai mandou-o para o Seminário dos Padres da Consolata, mas rebelde e sem vocação para Padre, acabaria por fugir, apoiado por um Sacerdote Italiano. Com a morte da mãe com apenas 6 anos e uma madrasta que também não conseguiu atenuar a situação, foi um Autodidacta e interessou-se pelos temas da Literatura, Poesia, Filosofia e Línguas, tendo tido um percurso na escola bastante turbulento - para além do Português, falava fluentemente 7 línguas, incluindo o dialecto de Heidenheim, cidade em que viveu cerca de 4 anos, tendo sido Intérprete da Polícia e dos Tribunais, face à quantidade de Emigrantes existentes neste local na altura. Conviveu com o Grupo Surrealista de Portugal e fez parte da antologia "Surrealismo, Abjeccionismo" (Minotauro, 1963). Em 1958 imprimiu o seu primeiro livro de poesia, "A Zona," nunca comercializado e apenas oferecido a alguns amigos, a que se seguiram "Paralelo W" (1958) e "A Estrela Rutilante" (1960), colaborou em algumas revistas literárias e fez a tradução de diversos livros para o Português, tendo sido considerado, juntamente com Carlos Drummond de Andrade, "um dos melhores poetas de língua Portuguesa" numa Bienal de Paris entre 1963 e 1966. Morreu apenas com 36 ou 37 anos em 1971, após uma doença dolorosa de 5 anos - Luiz Pacheco afirmava que se tratou de uma espécie de "suicídio," continuando Manuel de Castro a beber depois de saber que isso lhe seria fatal. Capas de brochura escurecidas, com picos de acidez e sujidade. Lombada com pequenos vincos em cima e no meio e com alguns picos de acidez. Interior das capas de brochura escurecido, com picos de acidez. Miolo e extremidades escurecidos, com picos de acidez e manchas de humidade/café. Página 31 (nao numerada) com uma emenda numa palavra, a tinta azul. Páginas 29-30 com um mínimo rasgão em baixo, sem afectar o texto. "Não esqueçamos estes dias não esqueçamos é imprescindível transmitir não esqueçamos as núvens não esqueçamos os nomes nem os mortos nem os vivos nem os que há para matar ou morrer não esqueçamos o traçado das ruas não esqueçamos... não esqueçamos o significado de determinadas palavras nem as palavras que significaram morte ou violência que cada poro vosso seja um momento da história para sempre inesquecível de uma luta pela conquista da vida dignificada..." ("Criptograma" - página 9, não numerada)