Confissão Tenebrosa - António Areal

1ª Edição. Invulgar. Tiragem de 260 exemplares, dos quais 50 fora do mercado e 10 numerados e assinados pelo autor e pelo editor. Este exemplar é um dos 200 da tiragem normal. A presente obra é, nas palavras do autor, a "Primeira Parte da Autobiografia agora em edição ilustrada pelo autor. Trata-se de uma pequena obra de ficção poética... poema satírico em prosa, ou talvez melhor, pequena novela disparatória, no bom estilo Barroco, tão caro a António Areal... É também um exemplar significativo do desdobramento artístico do pintor, aliás, característico da tendência pluridisciplinar dos Vanguardistas." (em "A Crítica de Artes Plásticas Como Campo e a Sua Prática em Portugal nos Anos 60," de Isabel Maria Figueira Marques Monteiro, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2016, página 224). António Areal foi um Artista Plástico e Escritor Português, sendo uma figura charneira na transição do Surrealismo Ortodoxo para o Gestualismo e, depois, para um novo tipo de Figuração em ligação crítica com a Arte Pop e o Nouveau Réalisme - com uma grave insuficiência cardíaca que viria a limitar a sua vida, nunca concluiu o Ensino Secundário nem fez qualquer especialização em Arte, sendo um Autodidacta, com interesses Literários e Filosóficos. Em 1954 fez a sua estreia em Exposições Colectivas e Individuais, em 1957 com apenas 23 anos, recebeu o "Prémio de Desenho" na I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, após esta distinção em 1960 recebeu uma Bolsa de Estudo, e entre 1961 e 1962 vive em São Paulo, no Brasil, sendo um dos representantes de Portugal na IX Bienal de São Paulo em 1967 - no início da década de 1970 a sua intervenção pública abrandou gradualmente devido a problemas familiares e ao agravamento do seu estado de saúde e em 1978 morre na sequência "de uma agressão realizada em circunstâncias nunca perfeitamente esclarecidas," barbaramente assassinado. Pai da artista plástica Sofia Areal e avô do artista plástico Martim Brion, era cunhado do pintor Carlos Calvet. Publicou três obras: "Estrutura do Sentido: Antecedida por Uma Análise e Definição da Poesia" (1958), "Textos de Crítica e Combate na Vanguarda das Artes Visuais" (1970) e a presente obra em 1971, sendo as duas obras anteriores de cariz ensaístico. Capas de brochura com sinais de manuseamento e alguns picos de acidez. Lombada com um pequeno vinco em cima e com algumas faltas de papel. Interior das capas de brochura e badanas com leves marcas de tinta azul à frente e com leves picos de acidez. Miolo e extremidades levemente escurecidos.