1ª Edição - em 2014 ia na sua 7ª Edição. Invulgar. Tiragem de 3.000 exemplares. Obra inserida na colecção «Círculo de Prosa» da Moraes Editores. Capa e Plano Gráfico de Luís Duran/ Moraes Editores. Revisão de Moraes Editores.
A presente obra, o 2.º romance do autor, publicado cerca de 30 anos depois do seu 1.º livro e Romance "Terra do Pecado" (1947), é um Romance Autobiográfico, com 37 Capítulos, mas com características diferentes, como se de um Tratado se tratasse, relatando a arte de se imitar o mundo através da Pintura, esta última imitada pela Linguagem e a Linguagem, por último, imitada pelo mundo que nos cerca - segundo Luís de Sousa Rebelo, "oferece-nos, no seu conjunto, um semental de ideias e uma Carta de Rumos da ficção de José Saramago até à data. Nele se fundem as escritas de uma complexa e rica tradição literária e a experiência de um tempo vivido nos logros do quotidiano e das vicissitudes da história, que será a substância da própria arte." (em "Análise de Manual de Pintura e Caligrafia").
José Saramago foi um Escritor autodidacta Português, vencedor do Prémio Nobel de Literatura em 1998, filho de Agricultores da zona da Golegã e o seu apelido, Saramago, que era a alcunha pela qual a família era conhecida, vem de uma planta que cresce na região da Golegã - o Conservador, por engano, registou o seu nome pela alcunha. Desde cedo mostrou interesse pela cultura, mas as dificuldades financeiras impediram que fizesse os estudos do Liceu, formando-se numa Escola Técnica - com um grande fascínio pelos livros e pela leitura, de noite frequentava a Biblioteca Municipal Central/Palácio Galveias. Estreou-se com a obra "Terra do Pecado" em 1947, com 25 anos, no ano em que nasce a sua filha Violante, e cerca de 20 anos depois escreveu duas obras de poesia, "Poemas Possíveis" (1966) e "Provavelmente Alegria" (1970), seguindo-se alguns livros de Crónicas e Contos na década de 1970, numa altura em que era Jornalista. Demitido do «Diário de Notícias» depois de 1975, passou a dedicar-se em exclusivo à escrita e foi em 1980, com "Levantado Chão" e em 1982 com "Memorial do Convento," que teve o seu verdadeiro momento de afirmação. A década de 1990 foi uma altura de consolidação, com as tiragens dos livros a aumentarem exponencialmente e escrevendo de forma prolífica uma série de Romances Históricos, o Diário ("Cadernos de Lanzarote" em 5 volumes), algumas Peças de Teatro e alguns Livros Infanto-Juvenis, tornando-o num dos mais importantes escritores em Portugal na 2.ª Metade do Século XX e início do Século XXI, senão o mais importante. Militante do Partido Comunista Português desde 1969, foi eleito Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa em 1989 e concorreu a todas as Eleições Europeias pela CDU desde 1987 até 2009, a última eleição antes de falecer, nunca tendo sido eleito. Recebeu diversos prémios literários e Doutoramentos «Honoris Causa» de diversas universidades em Portugal e no Estrangeiro.
Capas de brochura com vincos nos cantos, onduladas devido ao efeito da humidade, com desgaste junto da lombada e das margens, com pequenas faltas de papel, e com alguns picos de acidez. Lombada com vincos, algumas faltas de papel e alguns picos de acidez. Interior das capas de brochura com vincos nos cantos, ondulado devido ao efeito da humidade e com acidez e humidade generalizada. Miolo e extremidades levemente escurecidos, com picos de acidez sobretudo em cima. Páginas vincadas em cima e em baixo, nos cantos.