1ª Edição - esta obra nunca foi reeditada, mas constará de Antologias da obra do autor. 4.ª obra do autor. Obra inserida na Colecção «Coroa da Terra» da Editorial Inova, dirigida por Egito Gonçalves. Capa com Desenho de João Machado. Direcção Gráfica de Armando Alves. Revisão de J.M. de Sousa Pereira. Com uma crítica na contra-capa de Fernando Guimarães. Com falta da Cinta Editorial vermelha. Esta obra, que venceu o "Prémio Pablo Neruda" em 1973, instituído pela Editorial Inova, consiste em 30 poemas.
Nuno Júdice foi um Poeta, Ensaísta, Ficcionista e Professor do Ensino Secundário e Universitário Português, nascido em Portimão, e que fez uma Licenciatura em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo feito o Doutoramento na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com uma Dissertação sobre Literatura Medieval - foi Professor do Ensino Secundário entre 1992 e 1997 e Professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa desde 1989 até à sua Aposentação como Professor Associado, em 2015. Publicou o primeiro livro de poesia em 1972, "A Noção de Poema" e a primeira obra de ficção em 1977, "Última Palavra: «Sim»," com uma extensa bibliografia nestas áreas, a que se somam Ensaios Críticos/Literários, Teatro e a organização de Antologias (destacam-se a "Poesia do Futurismo Português" e a edição crítica dos "Sonetos" de Antero de Quental) - teve uma colaboração regular em jornais e revistas, com críticas de livros e crónicas, publicou um livro de divulgação da Literatura Portuguesa do Século XX em França e foi Director da revista literária «Tabacaria» (1996-2009), editada pela Casa Fernando Pessoa e da revista «Colóquio-Letras», da Fundação Calouste Gulbenkian, desde 2009. A par da obra literária, onde recebeu os mais importantes Prémios, trabalhou intensamente em prol da Cultura e da Divulgação Cultural, tendo sido Comissário para a «Área da Literatura da Representação Portuguesa» à "49.ª Feira do Livro de Frankfurt" (1997), Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal (1997-2004), Director do Instituto Camões em Paris (1997-2004) e tendo organizado a "Semana Europeia da Poesia" no âmbito da «Lisboa '94 - Capital Europeia da Cultura». Com obras traduzidas em Espanha, Itália, Venezuela, Inglaterra, França, México, Irão, China, Albânia, Suécia, Dinamarca, Grécia, Marrocos, Líbano, Colômbia, Canadá e na República Checa, foi uma das mais representativas vozes no panorama poético de Portugal a partir da década de 1970.
Capas de brochura com vincos expressivos nos cantos e com alguma sujidade. Lombada com pequenos vincos e com pequenas faltas de papel em cima e em baixo. Interior das capas de brochura e badanas com vincos expressivos nos cantos e com leves marcas de tinta vermelha do título e do texto na contra-capa. Miolo e extremidades levemente escurecidos, com ocasionais picos de acidez. Páginas com vincos expressivos em cima, no canto.
"Que fazer de tanto excesso,
de tanta luz poída nos bolsos da alma?
A simplicidade incomoda-me...
Apesar disto, dois meses depois, as florestas arderam.
Quando um corpo se encaminha para a grande
[margem da loucura
só dois tiros de noite impedem o acender do fogo...
encostei-me à montra do infinito e pedi:
- Uma caixa de fósforos.
Ao acender o cigarro eu acendia todo o horizonte;
e, por detrás dele, a própria face oculta da Terra!"
("O Mecanismo Romântico da Fragmentação" - página 41)