1ª Edição - esta obra nunca foi reeditada. Com assinatura de posse a tinta azul no rosto. Capa de Alberto Calderón Dinis. Prefácio, Notas e Arranjo de Belo Redondo, que foi um Escritor e Jornalista Português. Com um Posfácio do «Pepe Luis», que foi um Escritor, Cronista, Professor, Crítico e Historiógrafo Tauromáquico Português. Ilustrado com reproduções fotográficas, a preto e branco, em extra-texto, num total de 26 folhas. Com parte do talão de reposição da Livraria Rodrigues (Lisboa) no interior da capa de brochura da frente.
Esta obra contém as Memórias do antigo Toureiro e Director de Corridas Manuel dos Santos, bem como o percurso Artístico e Empresarial deste, que foi um Matador de Touros Português, e encontra-se dividida em 16 Capítulos. Da longa amizade do autor com o grande Industrial Alfredo Moreira, nasceu este livro, que o mesmo fez publicar - "Em tudo, no apego aos Touros, ao Público e aos Camaradas, andava a miná-lo o vírus da saudade. E veio-lhe o desejo de escrever a todos, aos amigos, e aos admiradores, uma longa carta a dizer-lhes Adeus... Manuel dos Santos não quer competir, com os literatos Portugueses e deseja apenas que o seu livro de Memórias seja lido com simpatia, documento de um homem e de uma época para a indulgência dos amigos e dos admiradores... escolheu para título do seu livro o grito triunfal que, à fôrca de repetido, se tornou famoso, com que à saída do Touril acolhia o inimigo: «Ele aí Está!»..." (em "Prefácio" - páginas 11-13).
Manuel dos Santos foi um célebre Matador de Touros Português, que começou por tomar a «Alternativa» de Bandarilheiro, na «Monumental do Campo Pequeno» a 26 de Julho de 1944 - a 26 de Junho de 1947 debutou como Novilheiro na Praça de Badajoz e, com um desempenho notável nas suas «Lides», tornou-se uma Promessa e, na mesma Temporada, apresentou-se também em Portugal, já como Novilheiro. Depois de contratado para actuar em 5 tardes seguidas na «Monumental de Barcelona», passou à Profissionalização - estando na Cidade do México, para tomar a «Alternativa» de Matador de Toiros na «El Toreo», foi colhido e não passou à condição de Profissional, mas no ano seguinte recebeu a «Alternativa» na Real Maestranza de Sevilha. Nos anos seguintes actuou, quer em Portugal, Espanha, França e México, quer noutros países da América Latina, como a Colômbia e a Venezuela - no México, chamavam- no de «El Lobo Portugués» e recebeu o "Prémio Rosa Guadalupana," sendo considerado o maior «Toureiro a Pé» de nacionalidade Portuguesa. Foi protagonista de um filme inspirado na sua vida, "Sol e Toiros" (1949), que contou com a participação de Amália Rodrigues. Depois de se retirar das «Arenas» em 1953, explorou a Sociedade Campo Pequeno e outras Praças do país e criou a Ganadaria Porto Alto, no distrito de Santarém - a 17 de Fevereiro de 1973 sofreu um acidente de viação na Recta do Bombel, em Vendas Novas, quando regressava de uma visita à sua Ganadaria, seguindo no mesmo carro o seu filho Manuel Jorge, o Moço de Estoques Manolo Escudero, que teve morte imediata, e o Maioral da Ganadaria, Manuel Francisco Piteira Dias. Um dia depois, a 18 de Fevereiro de 1973, Manuel dos Santos viria a falecer.
Capas de brochura com vincos nos cantos, com pequenas faltas de papel, um pequeno furo de papel em baixo, na contra-capa, com desgaste junto da lombada e das margens, com outras pequenas faltas de papel, e com alguns picos de acidez. Lombada vincada, escurecida e com algumas faltas de papel, que afectam parte do texto em cima. Interior das capas de brochura com vincos nos cantos, um pequeno furo de papel em baixo, na contra-capa, e com leves picos de acidez. Miolo e extremidades escurecidos, com picos de acidez. Folhas em extra-texto com ocasionais picos de acidez. Algumas páginas vincadas em cima e em baixo, nos cantos. Algumas páginas mal abertas e algumas páginas aparadas em baixo e de lado (de origem?).
