Le Portugal Baillonné - Mário Soares

1ª Edição - foi reeditada em 1974 em Portugal e, mais recentemente, em 2023. Livro apreendido à época. Com o Prefácio do Mário Soares, em Francês. Tradução do Português por Édouard Bailby.

Trata-se edição original do livro, tendo sido depois traduzido para o Inglês e Alemão em 1973, publicado na Venezuela em 1973, traduzido para o Espanhol, Italiano e Grego em 1974, sendo apenas editado em Portugal em Outubro de 1974 - viria a ser traduzido para o Chinês, em 1993.

Uma das principais obras de Mário Soares, começou por ser escrito quando esteve deportado em São Tomé em 1968, interrompido quando regressou a Portugal em Novembro do mesmo ano e viria a ser continuado depois das Eleições de 1969, quando em Agosto de 1970 foi forçado ao exílio - escrito em 1971, quando se encontrava refugiado na casa de campo de um amigo em Itália, sendo uma parte escrita num modesto quarto de hotel em Paris, foi um testemunho daquilo que viveu nos tempos do Fascismo, entre 1942 e 1971, sendo que os acontecimentos entre 1972 e os 25 de Abril de 1974 não foram reflectidos na obra - apesar da pressão do editor para acrescentar correcções e acrescentar novos capítulos, optou por manter o texto como nesta edição original. Em 1972, quando foi publicado, o Director da editora era Alain Oulmann, filho da Nicole Calmann-Lévy (filha do editor Calmann-Lévy).

Mário Soares foi um Advogado e Político Português, Ministro dos Negócios Estrangeiros no I Governo Provisório (1974), Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional (1976) e do II (1978), Primeiro-Ministro de Portugal (1976-1978 e 1983-1985) e Presidente da República Portuguesa em dois mandatos consecutivos (1986-1991 e 1992-1996) - foi Co-Fundador do Partido Socialista em 1973 (Secretário-Geral de 1973 a 1986) e no início do percurso político foi Militante de base do Partido Comunista Português, pertencendo também ao MUNAF e ao MUD e, mais tarde, juntando-se à oposição não Comunista.

Detido 12 vezes pela PIDE, esteve preso cerca de 3 anos no Aljube, Caxias e no Estabelecimento Prisional de Lisboa - filho do Professor e antigo Sacerdote João Lopes Soares, que viria a fundar o Colégio Moderno em 1936, fez uma Licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951 e outra em Direito na Faculdade de Direito desta universidade em 1957, mas impedido de dar aulas, juntou-se aos pais na gestão do Colégio.

Como Advogado, fez o estágio com o Dr. Leopoldo do Vale e depois abriu um escritório na Rua do Ouro, em Lisboa, onde teve em mãos processos com bastante visibilidade, entre eles a defesa de Presos Políticos. Em 1996 criou a Fundação Mário Soares, com um Espólio Documental de 2 Milhões de Documentos legado por ele e em 2020 ampliou os arquivos, mudando o nome desta para Fundação Mário Soares e Maria Barroso, após a morte de Maria Barroso. Publicou diversas obras de cariz Político, de Memórias, de Ensaio e alguns livros em que concedeu Entrevistas a diversos jornalistas - recebeu diversos títulos Honoríficos e Doutoramentos «Honoris Causa» em Portugal e no Estrangeiro.

Capas de brochura com vincos nos cantos, uma leve marca de tinta vermelha na contra-capa, desgaste junto da lombada e das margens, com pequenas faltas de papel, com sinais de manuseamento e com acidez generalizada. Lombada vincada, com acidez generalizada e com algumas faltas de papel. Interior das capas de brochura com vincos nos cantos e com leves picos de acidez. Miolo escurecido e extremidades escurecidas, com acidez generalizada em cima. Marcas de tinta branca nas extremidades, em baixo.