Portugal: Que Revolução? - Mário Soares

3ª Edição, 2ª em Portugal - Tradução para o Português no mesmo ano em que saiu em Paris. Capa de Alda Rosa, Salette e José Brandão. Tradução de Isabel Soares.

A presente obra, que viria a ser traduzida para o Alemão, Italiano e Castelhano (Caracas, Venezuela) em 1976, consiste num Diálogo/Entrevista de Dominique Pouchin com Mário Soares - conforme se pode ler na contra-capa da edição Portuguesa, "Este livro é um testemunho de dois anos de luta no decorrer dos quais Portugal concedeu a Independência aos seus antigos territórios Coloniais, organizou, pela primeira vez em 50 anos Eleições Livres, viveu múltiplas convulsões e fez, de crise em crise, a aprendizagem da sua liberdade. Contra as aventuras golpistas da pseudo-Esquerda e uma Direita que desejaria poder colher os frutos da sua luta corajosa, os Socialistas conseguem governar e lançar as bases para a recuperação de uma economia à beira da falência."

Dominique Pouchin, o Entrevistador, é um Jornalista e Repórter Francês, que em 1972 foi expulso do Partido Socialista Unificado e que em 1973 integrou o Centre de Formation des Journalistes, uma Escola Superior de Comunicação Social em Paris, e já foi Chefe de Redacção e Conselheiro Editorial de alguns jornais importantes em França.

Mário Soares foi um Advogado e Político Português, Ministro dos Negócios Estrangeiros no I Governo Provisório (1974), Primeiro-Ministro do I Governo Constitucional (1976) e do II (1978), Primeiro-Ministro de Portugal (1976-1978 e 1983-1985) e Presidente da República Portuguesa em dois mandatos consecutivos (1986-1991 e 1992-1996) - foi Co-Fundador do Partido Socialista em 1973 (Secretário-Geral de 1973 a 1986) e no início do percurso político foi Militante de base do Partido Comunista Português, pertencendo também ao MUNAF e ao MUD e, mais tarde, juntando-se à oposição não Comunista.

Detido 12 vezes pela PIDE, esteve preso cerca de 3 anos no Aljube, Caxias e no Estabelecimento Prisional de Lisboa - filho do Professor e antigo Sacerdote João Lopes Soares, que viria a fundar o Colégio Moderno em 1936, fez uma Licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1951 e outra em Direito na Faculdade de Direito desta universidade em 1957, mas impedido de dar aulas, juntou-se aos pais na gestão do Colégio.

Como Advogado, fez o estágio com o Dr. Leopoldo do Vale e depois abriu um escritório na Rua do Ouro, em Lisboa, onde teve em mãos processos com bastante visibilidade, entre eles a defesa de Presos Políticos. Em 1996 criou a Fundação Mário Soares, com um Espólio Documental de 2 Milhões de Documentos legado por ele e em 2020 ampliou os arquivos, mudando o nome desta para Fundação Mário Soares e Maria Barroso, após a morte de Maria Barroso. Publicou diversas obras de cariz Político, de Memórias, de Ensaio e alguns livros em que concedeu Entrevistas a diversos jornalistas - recebeu diversos títulos Honoríficos e Doutoramentos «Honoris Causa» em Portugal e no Estrangeiro.

Capas de brochura com um vinco expressivo no canto superior esquerdo (na contra-capa) e com vincos nos outros cantos, desgaste junto da lombada e das margens, com pequenas faltas de papel, e com sinais de manuseamento. Lombada com vincos em cima e em baixo, com sinais de desgaste e com algumas faltas de papel. Interior das capas de brochura com um vinco expressivo no canto superior esquerdo (na contra-capa) e com vincos nos outros cantos. Miolo e extremidades levemente escurecidos. Algumas páginas no final do livro com um vinco expressivo em cima, no canto. Algumas páginas vincadas em cima e em baixo, nos cantos.