Dez Dias Que Abalaram o Mundo - John Reed

1ª Edição nesta colecção, 11ª Edição Global desde 1970 - a 1ª Edição em Portugal foi publicada em 1930 e esteve proibida durante o Estado Novo, sendo que desde 1970 foram feitas 8 edições de 3.000 exemplares cada uma, uma 9ª Edição saiu em Abril de 1970, rapidamente esgotada, e a 10ª Edição, que incluiu documentos desconhecidos em Portugal, que saiu por volta de 1975, teve uma tiragem de 5.000 exemplares. Livro apreendido pela Censura à época. Depois do 25 de Abril de 1974 tem sido amplamente reeditada em Portugal, sendo a última reedição editorial de 2017 (excluindo a edição fac-similada que saiu com o Jornal «Público» em 2022 na Colecção «Biblioteca da Censura»). A edição original saiu nos Estados Unidos da América em 1919. Encadernado, com uma encadernação moderna, preservando as capas de brochura. Com "Notas Preliminares" sobre o livro, o texto "John Reed, o Jornalista das Barricadas," de Egon Ervin Kisch, um Prefácio do autor e um Prefácio da Edição Russa. Com o preço antigo de 400$00 a lápis no anterrosto. Tradução de José Octávio. Esta obra consiste num relato, em primeira mão, do John Reed sobre a Revolução Russa de 1917, que depôs o regime dos Czares na Rússia - em trabalho para a revista «The Masses», uma revista Norte-Americana de cariz Socialista, apesar de o jornalista afirmar que pretendia dar uma visão verdadeira dos acontecimentos, tal como enuncia no prefácio, as suas simpatias não eram neutras, partilhando da perspectiva da Classe Trabalhadora Russa. Um livro polémico desde a sua edição original em 1919 nos Estados Unidos da América, o John Reed apenas teve autorização de regressar ao Estados Unidos em Abril de 1918, pois desde Fevereiro de 1918 que estava proibido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América de viajar para os Estados Unidos ou para a Rússia, e só viria a editar o livro uns meses depois da sua chegada, pois a mala com que entrou nos Estados Unidos com toda a documentação base que viria a ser a base do livro foi confiscada na Alfândega e este foi sujeito a longos interrogatórios sobre a sua presença na Rússia nos meses anteriores - após a sua leitura o Lenine terá feito elogios ao mesmo e acedeu a escrever a introdução que seria incluída na edição de 1922 deste mesmo livro, mas o Estaline não terá gostado de apenas ter sido referido duas vezes e da forma como o Leon Trótski foi retratado no livro, pelo que a obra esteve proibida na União Soviética durante os anos do Estaline e até à morte deste. A obra foi adaptada ao cinema em 1928 por Sergei Eisenstein com o filme "Outubro" e em 1981 Warren Beatty fez um filme biográfico sobre a vida de John Reed, com o título "Reds," com o próprio Warren Beatty, a Diane Keaton e o Jack Nicholson no elenco. O autor foi um Jornalista, Poeta e Activista Comunista que começou a a ganhar notoriedade pela sua cobertura da Revolução Mexicana (1910-1920) e da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), tendo sido o Co-Fundador do Communist Labor Party of America, que viria a estar na origem do Partido Comunista dos Estados Unidos da América - Licenciado pela Universidade de Harvard em 1910, escreveu Poesia e Teatro apesar da sua actividade principal se centrar no Jornalismo e no Activismo Político, defensor dos Bolcheviques, e é um de apenas três Norte-Americanos que está sepultado na Necrópole da Muralha do Kremlin, juntamente com Bill Haywood e Charles Ruthenburg. Encadernação em bom estado, com os dourados na lombada vivos, mas com pequenas faltas de papel na lombada, em cima. Interior das capas cartonadas e folhas de guarda em bom estado. As capas de brocura preservadas encontram-se vincadas e com picos de acidez. Não preserva a lombada, que geralmente é colada (na totalidade ou parcialmente) no interior da encadernação. Miolo e extremidades escurecidos, com ocasionais picos de acidez.