1ª Edição - esta obra nunca foi reeditada. Obra inserida na Colecção «Lobo Mau» da Editorial Teorema. Fotografias de José Marques. Maquete de Fernando Felgueiras e Amália Afonso. Com o preço antigo de 350$00 a lápis no anterrosto.
Esta obra, toda ilustrada com fotografias a preto e branco, retratou uma realidade em que "Ao longo de 48 anos, as paredes e os muros fizeram parte da Imprensa clandestina Portuguesa. Na calada da noite, arriscando a integridade física, mãos anónimas redigiam apressadamente a palavra de ordem, a crítica, o ataque Anti-Fascista... Com o 25 de Abril, já conquistada a Liberdade, as inscrições Murais multiplicaram-se, verificando-se uma extrema diversidade de directrizes e de opiniões... As inscrições recolhidas neste livro foram fotografadas em Maio/Junho de 1974, em Lisboa... Ao fazer tal recolha houve a preocupação de nada ocultar e de proporcionar a mais ampla visão de tais inscrições. Elas aí ficam com o seu Lirismo, a sua Agressividade, a sua Esperança, a sua Ingenuidade, o seu Ódio, o seu Humor, a sua Firmeza Revolucionária." (em "Introdução" - página 5, não numerada).
As 151 reproduções de Fotografias que foram captadas por José Marques ficam como um Testemunho de uma época - a maioria das inscrições (senão todas) nas Paredes que vemos neste livro já não existem, sobrepostas por interesses vários, novas Construções, palavras que possam ter sido apagadas pelo tempo, mas fica a Força destas imagens, porque como diz o cliché, atribuído a Confúcio, "uma imagem vale mais do que mil palavras."
José Marques foi um Fotógrafo Português, incontornável na cena Teatral Portuguesa do Século XX, tendo estabelecido uma relação privilegiada com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro desde o final da década de 1950 até à sua extinção em 1974 - apesar desta relação duradoura, fotografou também nos Teatros do Parque Mayer, o «Maria Vitória», o «Capitólio», o «Variedades» e o «ABC», no Teatro da Trindade, no Teatro Municipal São Luís e produziu um imenso testemunho da actividade de Grupos como a Companhia Portuguesa de Comediantes, a Casa da Comédia, o Teatro Experimental de Cascais (TEC), o Teatro Estúdio de Lisboa (TEL), o «Novo Grupo», o Teatro Adoque e, ainda, espectáculos de Teatro Infantil e grupos de Teatro Amador.
O seu espólio, adquirido em 2013 pelo Teatro Nacional D. Maria II, conta com mais de 100.000 imagens, evidenciando a capacidade que teve de colocar a Fotografia de Teatro noutra relação com o Palco, garantindo-lhe um lugar de referência nesta actividade. Teve Estúdios Fotográficos na Rua da Atalaia e em Benfica, em Lisboa, e foi também Fotógrafo da Vida Social, como Freelancer ou, com mais assiduidade, para a revista «Nova Gente». A par da actividade como Fotógrafo de Teatro, as suas imagens de Murais e Grafittis Políticos, foram publicadas na presente obra.
Capas de brochura com vincos nos cantos, marcas de exposição solar e contacto com outros livros e com leves picos de acidez e sujidade. Lombada escurecida, com uma pequena mancha de humidade em cima e com alguns picos de acidez e sujidade. Interior das capas de brochura com vincos nos cantos e com leves picos de acidez. Miolo e extremidades levemente escurecidos, com ocasionais picos de acidez e sujidade. Algumas páginas vincadas em cima e em baixo, nos cantos.
