Registos do Outono Quente - Urbano Tavares Rodrigues

1ª Edição - esta obra nunca foi reeditada. Tiragem de 4.200 exemplares. Obra inserida na Série «Actualidade Nacional» da Colecção «Cadernos Seara Nova». Capa de Henrique Ruivo. Maqueta de Acácio Santos. Com o preço antigo de 35$00 a lápis no anterrosto. A presente obra consiste em Crónicas, sobretudo da Lisboa e do Portugal de 1975, no rescaldo da Revolução de Abril de 1974, com algumas dedicadas àquilo que o autor tornou a ver, com simpatia da Bulgária e da União Soviética - escritas entre 26/09/1975 e 03/12/1975, no "Outono Quente" de 1975, apresentam-se por ordem cronológica, excepto as páginas dedicadas à Bulgária e União Soviética e a parte final, com a crítica a algumas obras literárias Neo-Realistas. Tal como o autor enuncia na "Explicação (ou Justificação) Introdutória," pretendia "uma re-união das forças de Esquerda, frente à latente ameaça (agora crescente e invasora: a invasão real é dentro do país) das forças de Direita, Fascistas ou Fascizantes, abertamente Reaccionárias ou com máscara de Esquerda..." (página 8). Urbano Tavares Rodrigues foi um Escritor, Jornalista e Professor Universitário Português, que fez uma Licenciatura em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1950, com a tese "Manuel Teixeira Gomes: Introdução à Sua Obra" e foi Professor no Liceu de Camões e, a partir de 1957, na Faculdade de Letras, a convite de Vitorino Nemésio, onde leccionou Literatura Francesa e Portuguesa - apoiante da candidatura de Humberto Delgado, esteve preso em Caxias, exilando-se depois em Paris, onde conviveu com alguns dos Intelectuais mais marcantes dos anos 1950, como Albert Camus, do movimento Existencialista Francês, e foi Leitor de Português nas Universidades de Montpellier, Aix-en-Provence e Sorbonne, em Paris, entre 1949 e 1955. Depois do 25 de Abril de 1974, regressou a Portugal e deu aulas no Colégio Moderno e no Liceu Francês, tendo retomado a sua carreira docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde fez um Doutoramento em 1984 com a tese "Manuel Teixeira Gomes: O Discurso do Desejo," tendo-se Jubilado em 1993 com a posição de Professor Catedrático - Militante do Partido Comunista Português, considerava-se um Comunista Heterodoxo, criticando por diversas vezes a linha Estalinista do Partido, o que o levou a ter problemas dentro do próprio Partido. Muito ligado ao Algarve, retratou a região em diversas obras, e sendo um dos mais prolíficos e prestigiados escritores da 2ª Metade do século XX em Portugal, conta no seu currículo com obras de Literatura de Viagens, Ensaios, Romances/Novelas, Contos, Narrativas, Crónicas, Teatro, Livros de Texto e Fotografia e algumas Antologias de Textos Literários. Capas de brochura com leve desgaste junto da lombada e nas margens, com pequenas faltas de papel. Lombada com vincos e algumas faltas de papel. Interior das capas de brochura com picos de acidez. Miolo e extremidades levemente escurecidos, com ocasionais picos de acidez.